sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tentativa 1

Essa é uma primeira tentativa. Não pretendo fundamentar meus conceitos e ideologias em passado, presente ou futuro. Pretendo fazer do meu conhecimento - e esse blog como prova disso - algo atemporal, onde possa fluir em qualquer direção, sem estar preso ao "momentum".

Acredito eu que essa seja um grande problema das ciências atuais: Estar tão fundamentada em conhecimento de cadáveres, sem dar vazão a conhecimentos futuros, a não ser, é claro, que esteja baseado em tais cadáveres. Esse conhecimento passado parece ser fundamental para o desenvolvimento de novos, sendo que o novo só é aceito se estiver de acordo com o passado. Como podemos evoluir, se estamos estagnados? Como o novo pode vir a tona, se precisa da autorização do velho? Moral e Ética também entram com papeis marcantes nessa história toda. Suas ideologias e influências querem manter tudo como está, afim de prover o bem de um meio social. Mas temos que ficar estagnados por causa disso? Devemos abominar o novo, afim de manter nossa sociedade estável? Essa estabilidade é utópica e inexistente. A todo momento surgem novas necessidades, afim de mudar a situação atual. E quando essa necessidade não se encaixa nos padrões morais e éticos, somos forçados a colocá-los de lado e esquecê-los. Esse pensamento esquecido, sempre que vier a tona, será reprimido e, portanto, alimentado no subconsciente. Assim criamos demônios (ou qualquer outra palavra que preferir), e esses demônios nos atormentão sempre. Não por que querem destruir, mas apenas porque não querem ser esquecidos. Não podem ser esquecidos porque fazem parte de nós! E sempre serão parte de nós. Como podemos negar parte tão importante de nosso espírito? Essa parte que recusamos, seja pela sociedade, pela ciência, pela saúde, pela sociedade, pela parceira, etc, fazem com que o recusado se torne revoltado e queira se mostrar, afim de provar sua existência e chamar atenção. E essa aparição, na maioria das vezes, não é pacífica! Os exemplos são vários: Esquizofrenia, Fúria, Depressão, Alegria, Tesão, Palavras, Sentimentos. Enfim, aquilo que se reprime vai sendo alimentado, ganhando espaço, até que vaza, porque já é muito grande pra ser esquecido.

Sendo assim, acho que o conhecimento deve - e tem capacidade para - ser mais amplo do que atualmente. São tantas leis, regras e padrões que esse conhecimento toma uma linha reta, sem ramificações, onde o conhecimento parece ser limitado a uma primeira visão, onde os padrões são mais simples. O que teria a uma segunda vista? E uma terceira? E se fosse ao contrário? E de cabeça pra baixo? E se eu jogasse água? Pergunte a professores de Exatas sobre uma teoria de base de algum conhecimento específico. "Foi convencionado assim, pois era mais simples.". E as outras possibilidades? Quanto conhecimento poderia ser adiquirido, se fosse mais amplo. Quantos outros padrões existiriam após aquele primeiro? Claro, seguir uma linha de raciocínio lógica parece ser uma tendência e o que vem além parece sempre aparece com a sedução de um desafio. Sempre além, e além, e além...

E me vem o ditado: "Não saia de casa se não conhece o quintal". Podemos calcular a distância entre galaxias, a velocidade de um cometa, o peso de um planeta, a intensidade da luz, a força de um carro, o impacto de uma bomba. Mas o que sabemos sobre nós mesmos? O que sabemos da nossa vida? O que viemos fazer aqui, nesse planetinha azul, sem sentido, perdido em uma imensidão de escuridão com pontinhos de luz? Estamos sempre virando nosso conhecimento para fora, afim de conhecer o externo. É devido a essa idéia que programas como "Big Brother" fazem tanto sucesso na televisão. Saber da vida dos outros nunca foi tão divertido! Enquanto isso, nos concentramos em apenas "sobreviver", seguir nossas vidas de forma confortável e cômoda, trabalhando, estudando, socializando, respirando. Vivemos em padrões repititivos, onde estamos presos a rotinas completamente programas para nos manter em uma situação de estagnação constante, mesmo existindo uma rama infinita de ações acontecendo ao nosso redor. Se esse é o certo e funciona, a maioria das vezes, por que questionar? Alguém já deve ter questionado isso antes... Ou vai questionar um dia... Vou me preocupar em trabalhar, ter minha casa, minha família, pagar minhas contas e poder morrer em paz. Isso sim é um projeto de vida!

Numa tentativa de disvirtuar toda essa história, meu único desejo é esse: tornar meu conhecimento amplo, de forma que possa absorver as possibilidades e compreendê-las de forma completa - se é que possível conhecer algo completamente. Somente assim saberei se o que conheço pode ter uma real utilidade, em tudo, em algum sentido.

Enquanto isso, vou caminhando... E a busca continua!

-SetHorus-

Estréia!

Estréia, nesta sexta-feira, às 14:12, um blog diferente, irreverente e dinâmico... Tá, talvez não tão dinâmico assim, não pretendo ficar postando todo dia aqui. Mas, com certeza, esse será um blog SÉRIO! Tá... acho que nem tão sério assim... um piadinha de vez em quando num faz mal a ninguém, num é!?

Anyway, esse blog tem o único intuito de desenvolver minha escrita e meu raciocínio de forma mais coerente e dinâmica. Claro, abordarei assuntos unicamente de meu interesse, o que envolve as mais diversas áreas da atualidade, poesia, história, filosofia, psicologia, física, entre outras, e não nessa mesma ordem. Ou não, talvez venha assim mesmo... Num sei ainda, porra! Acabei de fazer isso aqui! rs

Um abraço a todos.

-Sethorus-