quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pensamentos...

Alguma coisa vibra na janela, com um bip que toca fundo na minha mente.
E no susto, me levanto, desligo e tento voltar pro meu aconchego.
Não! Não quero acordar aqui. Quero voltar praquele lugar de pensamentos macios.
Já era, brother! A luz do dia já me despertou!
10 gotas de um e 4 de outro, e me levanto pra mijar. A jornada começa!
Visto a roupa e aperto um botão, e tudo começa de novo!

Enquanto me vejo espelhado nessa tela negra e aguardo uma iniciação,
Pensamentos me invadem de forma assombrosa, me congelando.
Sem espressão, sem sentimentos, (quase) sem vida....
São só pensamentos que passam, como vento pela janela.
Não consigo analisá-los. Apenas assisto sua passagem.


Um logotipo surge. E a manivela começa a girar!
Minha mente se transfere pra essa máquina, como se fosse um órgão necessário.
E com medo impossível de naufragar, ponho-me a navegar!
Passo por diversos sítios, a procura de não sei o que...
Conhecimento? Felicidade? Sorte? Prazer?
Tudo isso parece muito sem sentido, finito!
Procuro pessoas pra conversar, amigos pra encontrar!
Nas mesmas conversas de sempre, dou risadas dos seus "td bem?".

E num surto de consciência, dou um pulo dessa cadeira e me deito na cama...

Alí, deitado no meu leito, posso ouvir minha respiração, meu coração!
Parecem fracos, comprimidos num peito cheio de dor.
O ar me falta e meu coração se desespera.
O que me falta? Plenitude é algo tão inalcançável assim?
Respiro fundo, abro os olhos e uma divindade me surge!
"The Lord Of Wisdom" é o título que lhe dão!
Então me responda, Senhor da Sabedoria:
Por que ainda estou aqui? O que me falta pra não estar?
E por diversas vezes, meu pensamento se atira pela janela,
Esperando poder voar... ou cair e me espatifar numa proteção para cerâmicas caídas!
Tomo um tapa na cara que me faz pular da cama! Sempre em pulos!

Se lamentar não adianta, meu filho! Ninguem pode trilhar o seu caminho!
Por isso, trate de caminhar! Se rasteje, se lasque, se foda... Mas caminhe, filho da puta!
Essa é a única coisa que pode fazer!


Me pego olhando no espelho! Olhando bem fundo nos olhos daquele cara que não sou eu.
Espremo de um lado e de outro, tentando me reconhecer na dor... E não consigo!
Fecho a porta como se o prendesse lá dentro, mas ele me persegue aonde quer que me reflita.
Arrumo a casa, esperando agradar alguem que só chega com o cair da noite!

Mas quando a noite cái, tudo muda! E uma nova energia me invade!

O som muda. As pessoas mudam. O vento muda!
Mesmo assim, tento continuar rindo. A vida parece tão engraçada, né?!
As horas passam e o munda vai parando, devagar e com preguiça!
Sabendo que, no outro dia, toda essa bagunça de sons e vibrações começará de novo.
A madrugada chega, e essa é minha hora favorita! Silêncio!
Agora os pensamentos são lineares, com forma e cor definida, sem muita pressa de se mostrar!
Analiso a vida e me perco no sentido dela! Não consigo ver nenhum!
Procuro mais respostas, mais companhia, mais conversas, mais alguma coisa...
Mas não consigo achar NADA! O vazio surge novamente, dentro e fora de mim!

E aperto novamente aquele botão, e uma despedida singela finaliza meu órgão!
Me dispo de mim mesmo e me aconchego no meu leito, saturado de pensamentos.
Uma cabeça quase em pane suplica pra voltar praquele lugar macio!

Sorrio e me despeço, esperando (não) acordar amanhã e continuar lá!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Será?

Será que agi certo?
Será que fiz o que deveria ter feito?
Por que eu fiz?
Segui meu coração ou meus instintos?
Fui fraco? Fui mole?
Ao mesmo tempo que estou fazendo bem,
Sinto como se ferisse profundamente, na alma.
O que é isso? Egoísmo? "Compaixão"?
E desde quando você é disso?



Sofro só de pensar em te machucar!
Meu peito se aperta, uma lágrima corre...
E acabo não conseguindo te encarar...
Como se fosse culpado de algum crime...



O que eu faço? O QUE EU FAÇO??
Tento compreender, tento entrar, com tudo!
Mas algo me impede, algo me segura de continuar...
Nem explicar eu sei direito... E fica a incógnita!



Enquanto isso, uma luta se trava.
Onde a razão e o instinto tombam alternadamente.
Em sequências de intervalos bem pequenos.
E eu assisto a tudo, tentando compreender.
Ficando cada vez mais confuso.



Vai coração! Caminha nessa estrada tortuosa.
Experimentando toda a rama de sentimentos.
Será que algum te agrada?
Ainda não conheço todos... Quem sabe?
E se perder algum deles?
Sei que tive de todos... e os vivi intensamente... alegremente.
Será que posso tê-los? Saboreá-los?
Todos caminham pro mesmo abismo do esquecimento.
E o que me resta são memórias.
Caminha, coração! Que a estrada é longa!

-SetHorus-