quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Esferas entre ramas se desintegram, dando forma ao culto das orquídeas errantes, enraivecendo o suor que escorre nos cabelos da nêga.

O crepúsculo chama com seu tom grave. Favorece o vôo impróprio e constante, cortante, sobre as nuvens, propagado pelo reflexo do seu ser sobre as manchas do galhardo, repleto de outros vôos.

Engatinhando, agonizando aos poucos, ele desfere suas últimas palavras, a caneta já tremula em sua mão. Um soluço lhe falta e engasga sua face no resto de sabor que ainda lhe resta.

Supera, meu amigo! Junta os pedaços e supera. Chora, se possível... Esperneia, pira, espera... e supera. Em contato, conta com o encanto de um canto descontente, descontando castigos na carcaça... e desconhecendo... Assim se supera mais rápido!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Devaneios Amorosos in the afternoon!

Entre todas as perdições, aquela era a que mais se perdia...
O cheiro de corpo invade a seu corpo,
trazendo sensações de sensos passados.
Saboreando o gosto de pele, os pêlos se eriçam em calor e suor.
O arrepio do toque enerva os sentidos, tensiona os músculos e apressa a respiração.
O Aglomerado do Desejo!

Se não bastasse, o sabor dos lábios termina de descontrolar o processo,
como quem corre e tropeça, desabando em cambalhotas na ladeira.

Agora, já entregue de corpo inteiro,
a alma suplica profundeza, agonizando pela fundição.
Entre tentativas inúmeras de junção,
o frenesi ataca o conjunto, o êxtase invade dois lados,
a respiração pára por um momento quase eterno.
E ENTÃO TUDO EXPLODE!

É tudo que corpo, mente e alma podem fazer,
E na decepção de não fundir-se, ambos falecem ao fim do êxtase.
A respiração é outra, o corpo é outro... o prazer mais diferente.

E, em meio a tanta poesia e sentimento, ela se despede, deixando um vazio no peito,
a falta de uma cabeça pra aconchegar ao fim da gozada!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O cigarro do pedinte!

Queria fumar agora.
Latejante, sofrido... mas agora!
Só pra sentir a pressão diminuir.
E a cabeça girar pro outro lado...

Enfermo, cansado, sem uma perna pro seu sustento, ele se escora em mais uma calçada. O sofrimento impresso na face. No corpo todo... E fora dele! Enquanto se ajeita, os olhares começam a surgir. Todos os tipos, com uma pitada de nojo.
Finalmente, a caneca se ergue! Esperando qualquer coisa, vinda de qualquer um. O que ele faria com o dinheiro? E com uma banana? Será que eu posso colocar meu coração naquela caneca? Talvez possa dar algum sentido a ele que eu não vi... por causa da fumaça...

sábado, 14 de novembro de 2009

E se ficar na solidão?
Terá alguem pra me tirar de lá?
Entre tantos títulos, nenhum parece disposto!
Nasci pra ser sozinho? Usável?
É assim mesmo...
Vou continuar essa caminhada!
Acompanhado aqui e alí.
Mas o caminho, faço sozinho mesmo!

Esse álcool que me acompanha já não sacia meu desejo de prazer!
As trilhas parecem mais longas a cada dia que passa.
O sorriso já não aparece com tanta facilidade.
Na precisância de uma companhia, um vidro e sua rolha bastavam!
Mas o coração lateja sem querer, pedindo um outro alguem.
Enquanto esse alguem não chega, busco prazeres em outros lugares.

E a procura continua!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

En Lia!

Logo depois do almoço, ela me liga...
Nem tinha almoçado ainda...
Como fui trocado por coxinhas e cerveja,
Resolvi não esperar... E esperei...

Ela vestida de roxo.
e o velho lindo sorriso estampado.

Ficamos com o seco... e ela gostou.
Entre conversas e toques, um cheiro me invade,
Fazendo voltar no tempo... alguns anos atrás.
E, ao som de furadeira, a respiração fica mais forte.
Ambos tem pegadas... Ela, até no peito.

pseudo invertido... me inverti...

Uma garrafa a menos e a claridade machuca os olhos.
Um cinzeiro cheio de intervalos, em nome de Buk.

Ao arrumar os cabeços, partimos...
"pagando de casalzinho" em meio à águas.
Como se não bastassem as 18 horas,
ela se foi aos 48 minutos do segundo tempo.
Ela e sua mancha verde.

Ave Cuervo! Cuida dela, que eu sou seu amante