sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quando vi, tudo havia se distorcido. Do chão ao teto, dentro e fora, nada mais era a mesma coisa. No meio de toda aquela confusão, ainda arrumava tempo pra refletir sobre aquilo: a parede que trepidava, a grama que vibrava, os sons coloridos, coloridos mesmo, de todas as cores, o tom avermelhado que tinha naquele céu... Que lugar era aquele, estranho e nostálgico ao mesmo tempo? Enquanto isso, o corpo inerte realizava suas funções vitais descontroladamente, quase sem respirar, talvez conseqüência de toda aquela distorção que atacava os sentidos. Num lapso veloz de razão, percebi que tinha duas escolhas: gritar de agonia, o que acordaria todos os vizinhos num raio de 2km, ou me entregar aquilo, e perder a noção de tudo com prazer. Por diversos fatores, aquela segunda opção parecia mais viável. Porém, suas conseqüências não foram calculadas. Quanta inocência, quanta infantilidade! Poderia ter evitado alguns transtornos, que por mais que divertidos, poderiam ser mais reais. Agora, que tudo se transforma como aquela parede, vejo diversão em tudo. Como daquela vez, me assusto, estranho, reajo... Mesmo assim, sempre tem algo pra oferecer.




domingo, 23 de janeiro de 2011

Já vi vários amores e não sei qual é o certo...
Será que "dá certo"?
O sofrimento e as alegrias... e muito amor no meio.
Nem sei quantas vezes amei,
De quantas formas diferentes...
Eu sei que amei, e não me arrependo de nenhuma.
Por mais que tenha sofrido
E que sentisse o peito de dilacerar em pedaços mínimos...
Já aprendi a juntar os cacos e colá-los.
Só pra começar tudo de novo.
Sem arrependimentos.