quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pensamentos Aleatórios de um Domingo sem Luz

O sangue jorra na estrada.
E no açougue, se fatia mais um bife.
Os carros transitam pelo engarrafamento...
Masturbando suas embreagens.
Enquanto a grama cresce lentamente,
No canteiro central de concreto.

Gorjeia o pássaro, balança as folhas.
Os vento roça todos os cabelos.
Num conjunto de 5 palmeiras, em círculo.
Uma estrela se forma com perfeição.
Alongado, inclinado, fascinado...
E outra metade!

São somente uvas estragadas.
E um balanço abaixo de um guarda-chuva!
Tudo parece de cabeça pra baixo.
Sem música, sem sons, sem neuras (até então)...
Um cortejo empata a foda!

Chega disso! Quero embolado como o trigo!
Amolecido, embriagado e sonolento.
Uma tarde inteira, embolando, embolando, bolando, ando...
O sal escorre na face, com o gosto egoísta do pesar.
E de carreira em carreira se faz uma madrugada!

A luz que invade, alimenta e disperta...
Pulsa suavemente no centro, como se desse ânimo.
Alongado, inclinado, retrucado...
Um vento que não permite o vôo prateado do dragão.
Enrrolando, rolando, caindo e ficando.
Embaixo do chão, com o coração na mão.

De repente, o teto já não é o mesmo!
E aquele que abriga agora precisa de espaço.
Vá pra onde quiser, não seja um estorvo.
Apenas me deixe com minhas ordens.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Minha Amada!

Agora era quase uma velha... Demorava a subir o morro. Quando apontava no horizonte, já era tarde da noite. Quase pela metade, se arrastando pelo seu caminho diagonal. Pé ante pé, ela continua a escalar. Uma névoa invade seu caminho, tornando a sua luz - que já está fraca - sonolenta. O que ela sente, caminhando sempre o mesmo caminho, hora mais pra cá, hora mais pra lá... Assistindo o mundo passar abaixo dos seus pés... Alguns adorando, outros nem ligando...

E ela segue seu caminho, sem dar ouvidos a qualquer um. Os desenhos gravados na pele.
Apenas superfície.


Chora, minha velha! Ainda tem muito chão pela frente.
Eu apenas assisto. Vejo apenas parte de seu caminho, adimirado.
Sua energia é como saliva doce de lábios moles. Saboroso e apaixonante!
E agradeço por cada dia que posso adimirá-la.

E quando for jovem? Mãe? Quando não estiver mais lá, no seu caminho?
Quero poder apreciá-la de todas as forma, com sabedoria.
Se pedir para acompanhá-la, será que aceitaria?
Adimiro cada passo teu, cada lado, cada face e cada gesto.
Diga-me, entre tantas formas, permitiria que eu a acompanhasse?
Montado em suas costas ou voando ao seu lado,
Conhecer seus caminhos de perto, te conhecer mais de perto...


Aguardo por um momento onde possa estar contigo.
Enquanto isso, te acompanho, junto com uma porção de adimiradores.

("Sendo inútil minha compreensão, admito que errei.
E tentarei de novas formas. Mas você é minha base! E teu amor também!")


Observando e agradecendo. Alguns se arriscam a pedir:
Sábia Caminhante dos Céus! Dai-me luz pra trilhar meu próprio caminho!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uns

Um acordar cheio de sono (pra começar!)
Um churros ao nascer do sol.
Uma carona... pra vários lugares.
Mais um e mais um que nos acompanham!
Um caminho sem fim...
Um óculos perdido na estrada. (tá virando hábito!)
Uma chegada tranquila.
Um pé pra fora... E um baque!
Um choro, um aconchego, um acampamento.
Uma bebida, um cigarro, um descanso.
Uma nova cidade em uma pousada.
Um banho pra lavar a alma.
Um frio que só vendo!
Uns 8 metros de profundidade.
Umas largatixas se esquentando nas pedras.
Um retorno cansado, com direito a almoço no fim da tarde.
Uma preguiça, um banho, um xero.
Uma dose por favor!
Uma caminhada, umas pessoas... (Que lugar é esse!?)
Um espetáculo de culturas!
Um maracatu, um boi e côco... Muito côco!
Uns bêbados dançando na roda!
Com uma lua mais que perfeita.
Um show sem Naná!
Um colchão pra 3 pessoas!
Um sonho muito estranho.
Um acordar mais estranho ainda.
Um café ao som de violino e pandeiro.
Uma volta meio apressada.
Um sanduíche-íche de almoço!
Cada um na sua casa! Vamos voltar!
Uma casa suja, bagunçada, aconchegante.
Um churros, um cigarro e mais um banho.
Umas tranças novas. Durante o Barra 68!
Um sono pesado... quase sem fim!
Um acordar sem despertador.
Uma escapada!
Uma viagem.
Um escrito.
Um item!
Um fim.