segunda-feira, 24 de maio de 2010

22 eram os caminhos.
Andados e bordados à ferro e fogo.
Conhecidos, agora não diziam mais nada...
Infligiam seu corpo, de diversas forma...
Mas seu espírito, mesmo no desalento,
abre brechas entre todos e segue, sozinho...

"Não tenho quem me proteja...
Somente o amor...
Se isso acabar, estou acabado, solto."


Aquele que o acompanha se mostra estranho.
Ainda não foram apresentados.
Tornaria mais fácil... para ambos.
Se falam aqui e alí, porém, sem se conhecer.
Uma irmandade de mudos faladores!

"Ei, você! Se pode me ouvir, responda!
Não aguento mais essa solidão...
é confortável demais."

Outro tombo. Entre os vários que já tomou.
O outro nem o toca, nem ajuda.
Parece assistir, com alegria, o campanheiro se levantar.
Esperando pra seguir viagem.

"Um caminho sem fim, só de ida.
Pausado, corrido, com calma, mas seguido.
E por mais que se mostre longe, me lanço até o fim...
...esperando que seja eterno..."

Um comentário:

Aline A. disse...

lindo, lindo demais.