sábado, 2 de outubro de 2010

Um carregamento inteiro de pedras.
Entulhadas,amontoadas, não existe distinção entre as geometrias.
Cada uma possui forma única, com os segredos mais profundos inscritos em suas arestas de minuta!
Mesmo assim, continuam em um monte,aglomeradas em meio a pedreira.
Cada qual com seu destino e objetivos traçados, com funções de sustentação designadas.


Um jovem rapaz sobe o monte.
Como se o Everest fosse feito de brita.
Lá do alto, grita como louco... Sem imaginar como será a descida.
Em um lapso, uma das minúsculas tantas, chama sua atenção.
A perfeição natural contida em suas microscópicas formas.

Os pensamentos vagueiam nessa hora. Uma discussão dá início:
O jovem e a simplicidade. A pedra complexa.
Todas as questões universais são abordadas em segundos, em apenas uma troca de olhares. (se é que pedra tem olho.)


O jovem, transtornado de tanta informação contida em tão pequeno pedaço, pára estupefato, o olhar preso a pedra, e está lhe desfere o último golpe:

"Arremessada ao longe, agora estava fora do monte.
Livre pra morrer do jeito que quiser."

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