sábado, 27 de novembro de 2010

Pedreira da Silva

Um carregamento inteiro de pedras.
Entulhadas, amontoadas, não existe distinção entre as geometrias.
Cada uma possui formas únicas, com os segredos mais profundos inscritos em suas arestas.
Mesmo assim, continuam em um monte, aglomeradas em meio a pedreira.
Cada uma dessas possui seu objetivo e destino traçados, com funções de sustentação designadas.

Um jovem sobe o monte.
Como se o Everest fosse feito de brita!
Lá do alto, grita como um louco.
Sem imaginar como será a descida.
Em um lapso, uma, das minúsculas tantas, chama sua atenção.
A perfeição natural contida em suas formas microscópicas.

Os pensamentos vagueiam nessa hora.
Uma discussão dá início: o jovem e a simplicidade, a pedra complexa.
O Todo é abordado em questão de segundos, em apenas uma troca de olhares.
(se é que pedra tem olho!)
O jovem, transtornado de tanta informação, pára estupefato, o olhar preso a pedra,
e esta lhe desfere o último golpe. Arremessada ao longe, agora estava fora do monte.

Livre pra morrer do jeito que quiser!

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