Se a agonia daquele tormento sem fim pudesse lhe ocorrer no último instante de ilusão e pudesse transferir cada micro-partícula daquela organização biológica, mental, psíquica, qualquer que fosse, em direção a um outro ponto, maior, com aprendizados infinitos.
Se pudesse se desprender de todas as preciosidades de seu ínfimo ser talvez, se aquilo que o rodeia não fosse tão querido, tão dependente, se pudesse ser livre por apenas um último instante, livre de todos os vínculos, laços, emoções, conexões... Se, por um último instante...
Enquanto o fim se aproxima, o sal de suas lágrimas se esfarela sobre o vidro. Um cartão desliza a superfície, como quem molda uma pilha de areia. E - numa tentativa de reabsorver toda sua tristeza e recolocá-la nas reservas de seu ser, para reutilizá-la mais tarde - aspira com ânsia aquele desfeito miraculoso. Refazendo-se, Eter(na)mente!
Um comentário:
Fala aí, Kalil! Não sei se você gosta dessas frescuras, mas elas ajudam a divulgar um blog... Eu ganhei um selo bestinha de uma amiga minha e coloquei o seu blog na lista dos meus favoritos, que fazem flutuar... Dá uma olhada lá!
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